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RECOMEÇO DA HISTÓRIA

  • Altino Manoel
  • 20 de nov. de 2017
  • 1 min de leitura

Caminhando na direção contrária, reaprendendo a andar,

Chutando o destino a esmo, escoando planos desvairados,

Aprendendo que o sol brilha, mas só quando não há nuvens densas,

Alegorias deixadas no chão da avenida toda imunda,

Palavras de baixo calão, calando o usurpador de planos e ideias.

A caricatura estampada no jornal velho em cima da mesa,

Representa nossa dor que escancara o escarro da derrota,

Que publicamente veio me mostrar que a vida é uma anedota,

E que fazemos parte do mesmo circo desde que nascemos.

De trás pra frente tenho que resistir aos encantos da sereia,

Que mesmo nadando no rio poluído e fétido é capaz de envolver,

E ao ouvir o seu canto, os marinheiros de primeira viajem enlouquecem,

E se jogam nos braços oportunistas das putas que por ali vagam.

As vicissitudes da vida ordeira implantam na mente o descaso,

Reluzindo ainda mais a necessidade de partir em busca do nada,

Querendo assim antecipar o massacre das ignorâncias,

Esperando a história recomeçar.


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