QUANDO O SONHO VIROU PESADELO

Eu estava andando por ai e quase tropecei, Olhei para o lado e vi muitas pessoas ao meu redor, Tinham os olhos vermelhos e lágrimas nos olhos, Tinham a esperança desolada de um futuro incerto, Poeira cobria toda a estrada, tinha cobras e lagartos também. Quis correr, mas o vento ao contrário me jogava para trás., Procurei no céu cinzento e carregado de negras nuvens, Um pouco de alento, uma direção para eu seguir, O cenário era devastador, era desolador. Não tinha ideias para seguir, nem sonhos para sobreviver, Não tinha emoções para sentir, só pesadelos para eu viver. Ao longe vinha um jovem homem, Ele tinha uma arma na mão esquerda, Na direita ele trazia uma bandeira branca da paz, Ele chegou perto de mim com a fisionomia séria, Me entregou a bandeira, olhou para o horizonte, E com um olhar perdido ele achou o gatilho da arma, E bruscamente atirou em sua própria cabeça, Me espantei com o estampido, mas achei natural o suicídio, Era como se o alívio pairasse sobre aquela alma cansada de viver Caminhei mais dois passos, virei à direita e sentei sobre uma pedra, Cantarolei alguma coisa que lembrava minha infância, Senti que algo me faltava, e aí adormeci , Sonhei com um mundo melhor, cheio de esperança, E acordei sedento por justiça e mudanças interiores, Abri os olhos e o verde estava presente, O céu azul e o sol iluminando a tudo e a todos, As vezes nossas atitudes e pensamentos, É que nos torna merecedor de um mundo triste, De um enredo desolador para a nossa história.