ANNA
- Altino Manoel
- 30 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
Ainda era possível escolher o melhor caminho, Era dia e o sol queimava a pele. Ela tinha o corpo encharcado de suor, As histórias se contrapunham, Hora era verdade demais, hora era silêncio total. Entre um assovio e outro, Anna se achava por aí, Entre as canções especiais ela se perdia, Não tinha sucesso no amor, escolheu ser feliz. Ela era a mais radiante de todas, ela tinha a melhor paz, Não sabia sobre o futuro, mas a verdade vinha lá de trás, Viveu um ano sabático, onde aprendeu a se conhecer melhor, Para não acreditar em palavras expulsas pela emoção, Onde a razão muita das vezes combatia o coração. Anna tinha suas ideias de viver feliz e com sanidade,
Ás vezes beijava garotas, às vezes transava com garotos, Fumava seu baseado, fazia sua oração sempre antes de dormir, Era implacável quando queria prazer sentir, Azarava o menino feio da escola, Não por dó, mas por liberdade, Não aceitava um sim de esmola, Ela só queria entender a realidade. Olhava no retrovisor e observava o tempo que passou, Procurava encher os pulmões com o ar puro, Não deixava que lhe colocassem amarras, Nem que lhe construíssem muros, A sua estrada era feita com planos e despedidas.
E a beleza surgia em todo lugar e era visível o belo. A suavidade estava em todo ambiente, Era tangível o amor. A serenidade sempre a visitava, ela era a sua anfitriã, Entre uma noite e outra sempre houve um amanhã, Ele desejava boa noite e permeava os sonhos de Anna, Fazendo que ela sentisse toda energia acumulada, Deixando a roupa secar por completo, mas do lado de fora, Trazendo pra dentro de casa só boas energias E fazendo tudo isto neste momento, agora. Anna com um sorriso, me explicou por que as lágrimas secaram, E por que ainda brilhava a luz da esperança, Deixando explícito que o melhor era a perseverança, A entrega, a construção de belas lembranças. Anna se permitiu ser ela o tempo todo, Ela foi incrivelmente sincera consigo mesmo, E assim ela alcançou o que sempre procurou, A paz que sua consciência nunca afugentou. Não foi permitido esquecer os planos traçados, Ela deixou pra trás ideais ultrapassados, Onde não havia chance de ir pra frente, Onde o que era verdadeiro se tornou irrelevante, E o que era pra ser pra sempre se perdeu, Deixando uma lacuna nos sonhos de Anna. Mas Anna sorriu , E seu sorriso fez o dia começar de novo, E ele começou entre raios solares, E terminou iluminado pela luz da lua e o brilho das estrelas, Fazendo do tempo ,o mais doce aliado.
12/04/17

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