A DOR(MÊNCIA) DE UM PRESIDENTE QUE VEIO DO POVO
(O poder conduz ao céu,
O poder leva ao inferno)
Já era tarde, e ele falou à nação:
- Companheiros brasileiros, aqui não existe corrupção,
Falou baixou a cabeça, tomou duas doses de Jack Daniel’s 12 anos,
E partiu para o interior de sua consciência,
Uma dormência tomou conta dos seus atos,
Vi ratos saírem da sala, do corredor,
E se esconderem atrás de um ator,
Que de barba feita e tomando Jack Daniels 12 anos,
Bradava sem vacilar:
- Vim do povo e o povo comigo irá ficar.
Mas ali não tinha mais surdos, nem mudos, nem cegos,
Muito menos loucos.
Então ele ficou sozinho,
E a solidão o fez pensar,
E ele pensou em um jeito de negociar o caos,
Implorou para o povo, prometeu para a burguesia,
Rezou com o padre, chorou com os seus pares.
Nada adiantou,
Porque ali não existia mais surdos, mudos, cegos,
Muito menos loucos.
Já era de madrugada e ele pegou uma arma,
Encostou o cano frio na cabeça,
Mas não atirou,
Olhou no espelho e viu:
Um homem com a barba feita e que veio do povo,
Uma garrafa de Jack Daniels 12 anos.
Então bebeu 3 doses,
Deitou em berço esplêndido e dormiu,
Mesmo sabendo que a sua consciência,
Não era surda, muda, cega,
Muito menos louca.
15/11/2007