MAIS UMA VEZ SOBRE TUDO OUTRA VEZ
A ideia de sermos dois se perdeu por entre promessas, A certeza de que o seu dia se misturaria com minha noite, Esbarrou na incerteza da ilusão que se criara por nossas juras de amor, Proferidas ao léu de nossas próprias vidas. A solidão é como eu que envelheço desordenadamente, Ela se estranha quando o meu instinto diz calma, Quando a nossa alma entristece sob um manto de estrelas, Que tinha a primeira intenção de ser explicitamente completa, E ao seu lado sorrir e ser feliz. O vento espalhou nosso cheiro, um cheiro embriagante, Algo assim como uma mistura de sândalo e jasmim, Aquele beijo transformou mente e coração Que incendiados por instantes de pura e sensual paixão, Resvalou em sabores e clamores despertados por quase tudo, Me deixando assim sem reação, estranho, meio bobo, Já enxergando a insanidade de virtudes nadas sãs, Já acreditando em novos e intensos amanhãs, Com noites ao seu lado esperando as novas manhãs, Se perpetuarem entre nossos lençóis, Entre nossos olhares e nossos beijos, Entre vinhos, músicas e queijos, Que até hoje nos fEz entender que o tempo nunca é perdido, E que além de palavras deve existir a cumplicidade, Espalhando a nossa história por aí.