SOMBRAS DISSIPADAS POR UM SOL AGRESSIVO
O vácuo me tirou o ar e me levou embora,
Sinto que o sol está me querendo por perto,
Ele quer que as sombras se dissipem outra vez,
Para que no início do arco-íris se veja as sete cores,
E que elas brilhem entre as altas montanhas e as extensas planícies,
Povoadas por seres extraordinários e poderosos,
Que habitam as estrelas e viajam nos asteroides,
Buscando sempre novas ideias, outras experiências.
A tempestade clareia o céu e dissolve os gases de neon,
Antevendo o que nos espera para as próximas estações,
Que ao som de violinos, harpas e flautas,
Semeiam, crescem, florescem e morrem,
Deixando o belo e o maravilhoso no limiar da razão,
Destacando assim o vulcão em erupção,
Que ao longe é observado pelas 69 luas de Júpiter.
A atmosfera se emudece quando o ar fica raro efeito,
Levando a uma asfixia geral entre os genes e os cardumes.
Espere mais um pouco, não atravesse a rua agora,
Espere na esquina, atrás do poste de concreto,
Haverá uma fusão entre o que você quer com o que você acha,
E isto vai desestabilizar um pouco seu mundo.
É melhor você parar de acreditar que o rio está sem correnteza,
Reme para a margem direita, aquela mais longe do barco pirata,
Comece a nadar para alto-mar, o mais longe possível da margem esquerda.
Enfrente seus medos e seus temores, analise o dia que passou,
Dedique a sua sanidade ao menos um instante deste segundo que virá,
E escreva o que seu destino lhe explicou sobre a verdade,
Sobre a certeza da ida e a segurança da volta.
25/04/17