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QUANDO AS LÁGRIMAS DEBRUÇARAM SOBRE O ARCO-IRIS


Amigo, sua visão de vida me transforma,

E eu que sempre fui avesso a outras notas,

Outros sons que amargam minha audição,

Revelei tudo o que através da guerra se impôs.

Aviões com bombas atacam o bunker desprotegido,

O general estava lá, ele foi atingido e sangra,

Suas medalhas estão sujas de sangue,

Sua arrogância se foi junto com o seu último suspiro.

Olhe além que sua percepção possa perceber,

E mergulhe no mar das verdades travestidas,

Vestidas de promessas feitas no leito da loucura.

Ei Amigo, você me trouxe aquele agasalho,

Me deixe mais um pouco aqui perto da fogueira,

Preciso me aquecer antes de continuar minha jornada,

Veja a esquerda de sua casa tem uma floresta,

Ela está queimando, lágrimas debruçam por sobre o arco-íris,

Entristecem o inverno que aos poucos se distancia das montanhas,

Invadindo olhares cada vez mais incrédulos por uma paz iminente,

Que de repente esperam que o toque de recolher seja agora.

Entre as vísceras e o sorriso enlutado pela perda de uma vida,

A felicidade perambula, transbordada de um eterno aceitar,

Deixe de lado os horizontes que se perderam por ai,

E me abrace forte, tire de mim o que ficou de resto,

A batalha a gente perdeu, mas a guerra está só começando,

As flores no jardim respaldam o meu próprio entusiasmo.

Enquanto brindo com o acaso minhas outras virtudes,

Escrevo os capítulos restantes até chegar o epílogo .

Respire devagar teremos a mesma chance amanhã,

E o que nos faz ser diferente, vem logo em seguida.


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