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ALMA ILUDIDA


A morte trouxe tudo à tona,

Trouxe o que imerge e o que emerge,

Trouxe pra dentro da vida ,

A esperança que nada acaba,

Ou que tudo continua.

A esperança interpreta a coragem,

Trazendo pra dentro da solidão,

Um sopro de liberdade e paixão,

Escorrendo por entre os dedos e os anéis,

O medo de um colapso total.

O mentecapto submergido pela lucidez que resta,

Inspira a parcimônia que o cerca.

Trazendo para a pauta principal,

A sordidez das soluções inerentes,

Das vicissitudes oportunas da ressurreição.

A solidão sozinha arrebata mil corações,

Que em frangalhos fica à sua mercê,

Destilando um veneno nunca antes expelido,

Porém sempre contido pela mansuetude do querer.

Tremores em seus lábios são algazarras de meu prazer,

Então criatura da minha perdição,

Larga-me sozinho, deixa eu me alimentar,

De tudo que restou do fétido desejo,

De deixar o que é importante por subterfúgios ilusórios ,

Que acalma a incerteza,mas enegrece a alma.

AMST


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