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UMA REALIDADE AMARGA

Eu olho ao meu redor é só vejo solidão Percebo pelas cicatrizes no meu coração, Ele espalha desalento por todos os lados, Eu só queria ser feliz, é tarde eu sei. Está dor corrói meu peito, Me joga de um lado para o outro, Parece que esqueceram de mim, Eu preciso tanto de respirar, Não me sufoque, eu quero sobreviver. Deixa a tempestade passar, Vai ser só outra que veio pra tentar me derrubar, Mas não vai conseguir, eu acho. Olho pro meu braço direito , E vejo uma felicidade, Ela está tatuada em forma de um violão, É pra me mostrar que um dia já fui jovem, E tinha a certeza de um amanhã melhor . Preciso atravessar a rua mas não tenho pressa, Nem escolha, nem medo, Na verdade nem vontade de atravessa-la tenho, O que tenho é uma estranha desarmonia, Entre o que quero e o que o mundo me proporciona. Meus sentimentos nem sempre refletem , O sorriso no meu rosto, Nem as palavras que profiro, Mas sim a dor que minha alma em silêncio sente, E só se acalma ao amanhecer, Quando o galo canta, quando o sol nasce, Para eu então poder colocar mais uma vez máscaras , A do cara feliz,

Que tem todos os sorrisos em sua volta,

Mas tem também a tristeza imperando em seu coração,

A do cara realizado,

Que tem todos os elogios à sua disposição,

Mas tem um silêncio ensurdecedor,

Amordaçando sentimentos e pensamentos.

E lá se vai quase a metade de um século.

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