CAMPOS DE TRIGO COM CORVOS
Nunca vi nada igual ao que vejo agora,
Borboletas se transformando em seus casulos,
Trazendo em suas asas a beleza da transformação,
Retribuindo ao mundo seu tempo de exílio.
Crio fantasias em minha própria realidade,
O que me fará mal amanhã cedo,
Me nutre hoje neste dia nublado,
Onde traz consigo a inoperância de uma vida,
Algumas vezes travestida outras vezes escancarada,
Perdoando quem já cantou Tempo Perdido,
Thunder Road e Alucinação,
E pra isto ela diz em alto e bom som :
-Não deixe que te coloquem mordaças,
Não espere que mudanças aconteçam.
É hora de caminhar pela estrada,
E não escolher com quem ir,
A tarde eu tenho um compromisso,
E com tanta felicidade aí à solta,
Eu preciso de algumas doses,
Sorver alguns goles.
Trago minha melhor risada,
E a tira colo venho entregar pro agora,
Tudo que ainda tenho da vida,
E talvez um punhado da morte,
Pra temperar este meu álibi,
Que é estar ao lado da arte e do artista,
Na hora que o ar me faltar,
No segundo em que tudo acabar.
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