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CIDADES ILUMINADAS

O sol nasceu,

Mas ele está derretendo,

E como a lava do vulcão,

Ele vai invadindo as cidades,

Engolindo as ruas e avenidas.

A poeira não deixa meus olhos em paz,

O átomo se tornou molécula,

E esta aglomera com outras moléculas,

Se transformando em corpos celestiais,

Que como uma chuva de mercúrio,

Cai desesperadamente em gotas,

Onde uma a uma vão transcendendo,

Queimando minha pele alva,

Fazendo de cada faísca uma chama,

De cada chama um calor,

Que cada vez mais aquece a água,

Que ao tocar o chão, evapora,

Que ao secar nos olhos, cega,

Mas são apenas fragmentos,

Espalhados pelas cidades iluminadas.



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