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DEVANEIOS DE UMA MENTE INQUIETA


A tristeza ficou entre a escolha e o caminho,

Quando o céu beijar o rio,

Vou deixar o fogo me queimar,

Que queime primeiro meus pés,

Mas que mesmo assim eu consiga andar,

Para seguir enfrente fugindo do abismo.

Ei, olhe onde chegamos ao anoitecer,

É uma cabana e ela tem uma luz fraca no seu interior,

E tem um velho de barbas brancas,

Ele mora lá e tem em sua mão esquerda uma ampulheta ,

E com a outra ele segura uma espécie de pêndulo ,

Dele sai fagulhas de fogo que confundem,

Mas ao mesmo tempo parece apaziguar minha mente ,

Ele me olha tenro, mas com seriedade,

Balbucia algo sobre a liberdade,

Eu vejo que duas de suas ideias vem ao meu encontro,

Elas estão afiadas e parecem querer me ferir,

Dou dois passos pra trás e relembro meu passado recente,

E então me esquivo,

E elas se perdem por aí,

E eu consigo então fugir,

Com uma sensação de que eu poderia absorver a mensagem,

Que eu poderia entender o que estava acontecendo,

Mas melhor é ter o amargor da dúvida,

Do que a insolência de uma meia verdade.

Acredite, o que você quer pra mim,

Vai acontecer em dobro pra você,

E quando eu partir, quero que entendas que será o melhor,

Vou sempre andar pelas chuvas,

Para assim disfarçar minhas lágrimas,

Vou sempre entender suas idas,

Para assim eu compreender suas vindas,

E quando isto acontecer, que meus pés se curem,

E que as cicatrizes deixadas se tornem menos doloridas,

Com o passar dos dias


23/08/20

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